A cor rubi do vinho enternece a noite em seu céu de veludo
Entre caminhos que exercitam a lonjura de tudo nestes dias
Tempos de pó, pedra
e distâncias, de viver o inverno interior
Que já não se escuta
aquela criança de um passado distante
Porém, eis que vem a
mim, este tolo incorrigível, uma
espera
Como
fosse uma fome insondável ou um desejo descomedido
Do que nem bem sei,
apesar da certeza concreta dessa falta
Um tanto opressiva, tal qual ao anseio de escrever um poema
Qual aquele som desigual
e ao mesmo tempo deveras familiar
Que vem ao anoitecer dos verões, dos pássaros contra o
céu
Surgindo entre os trovões escorreitos na chuva de memórias
Os planos da beleza é o que irrompe entre os gritos
inauditos
Mas a dor, os sentidos se desgovernam e restam despertados
Sob
uma chuva de liberdade narram antigos contos de cordel
Sigo
inconformado sem
as cores do jardim a esperar setembro
Nas cartas do
destino, vê-se anunciar a vinda do novo
tempo
Pondo
fim às cinzas de
auroras passadas qual fênix a renascer
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