segunda-feira, agosto 9

730 dias contigo

Como poderia eu imaginar que há dois anos atrás o amor venceria

Noites tão imensas em um coração desolado a lamentar o futuro

Recordo que quase te perdi nos planos opacos que o destino faz

Hoje te precipitas em meus sonhos dos quais retiro estas palavras

Qual se pudesse extrair da linguagem algo do que significas a mim

Quando estás distante, penso que não existes senão em meus olhos

E que te imaginar minha é só a forma de abstrair o mofo das horas

És o pão de toda a ternura que me resgatou dessa solidão feérica

Que me incendiou a carne e também a alma nas transversais do dia

És aquela que deita minha pena ao papel me resgatando do silêncio

Que retirou meu coração da sombra que vivia no varejo das horas

Fazendo o sol comparecer em mim no oásis que és meio ao deserto

Ao teu lado sou menino e me cego às dores de dias ácidos e febris

Ainda resistem na garganta resinas amargas que contigo se diluirão

Anseio te dar o que for o melhor de mim, do que a vida me ensinou

Dar asas à ternura para planar em tua direção nos ventos do amor

Que seja leve e brilhante como a brisa entre as árvores nas manhãs

Se não posso mais, recebe este poema, fruto do bem que quero a ti

Flor da minha primavera, perfume das minhas flores, cor do meu dia

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