terça-feira, abril 17

Novos Tempos


Soam as trombetas com que a vida anuncia vindouros esplendores
Do ponto primordial do mundo rumam aos quatro pontos cardeais
Em todos lugares o som se faz ouvir qual fossem harpas do oriente
Eu, principiante de mim mesmo, celebro aprender em pérolas e ouro
Meu corpo pulsa com o anunciar da distinção do real e da realidade
Muitos não se dão conta da chegada de um tempo claro e soberano
De águas cristalinas emanando em abundância de alegoria sem luxo
Não haverá nesta nova existência lugar para negras essências vazias
Nem se verá o contraste da boca persistindo muda e fria na essência
Todos os espaços se preenchem na ação concreta das virtudes da luz
Falar-se-á novo enredo cujo bálsamo é o que provém do seio da terra
Sei que debaixo da quietude a noite pode estender suas negras penas
E que a sombra de um pensamento arde em silêncio rumo ao abismo
Mas não haverá qualquer outro poder na cidade feita dessa nova luz
Que subsistirá, desperto pela ação conjugada do corpo e consciência
Regenerando a mente para o templo real e não para o que lhe convém
As sombras restarão reclusas em sua lógica de ferro na luminosidade
Uma nova geometria se fará traçar para o curso além e fora do tempo
As tristezas do passado serão máscara calada, vulto solitário na terra
Um verdadeiro mestre, sabe-se sempre aprendiz nas grandes decisões


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