segunda-feira, outubro 5

Da beleza

 Todo belo acende um quê de aflição pela certeza do tempo

Que se escoa em sua sucessão implacável que a tudo altera

No futuro vive a angústia da chegada de tempos de solidão

 

Em tempo de desamor, rostos juvenis de harmonias fugazes

Vão se tornarem faces amargas, consumidas em dores frias

Entre signos vazios da ausência, desenhados meio ao peito

 

A esperança é o que nasce, quando dos meandros da noite

Na alegria da beleza, o amor se difunde florescendo em luz

E o espírito se eleva em degraus e ritmos aos olhos atentos

 

Descobre-se então, que provém de amar, o pouso da beleza

No ar que se move pelos páramos e exala perfumes da vida

Só percebidos, em sua verdade, pelos cristais azuis da alma

 

verdades intangíveis aos espelhos e ainda assim verdades

 

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