domingo, janeiro 28

A verdade de cada um

Andando na vida, fui pateticamente romântico quase sem limites

Até onde fui e as asas destacadas de meu corpo pelas tormentas

Até olhar-me fruto de todo arcabouço desta semeadura humana

Percorrer espaços após espaços e ver as perguntas sempre iguais

Passei portas que fecharam às minhas costas qual fossem atalhos

Uma brevidade entre um século de silêncio e me chamaram poeta

Um galardão que não me fez enaltecido, mas serviu para somente

Lavar as mãos da dor acumulada como se fora a poeira do tempo

Foi escrevendo que pude entender o que não entendi só ouvindo

Tantas crenças falsas no brilho das letras de grandes cabeçalhos

Se espalham como um verdadeiro e fatal vírus a repetir a história

Ninguém se volta ao espelho já baço para admitir verdades duras

Dando preferência às miragens, ao certo bem mais complacentes

Ninguém expõe as ideias à luz ou as submete às rédeas da justiça

Mas escolhe o eufemismo que atenua erros e assim chamar de fé

Sustentando toscas assertivas, qual alcandorados sopros divinais

Assim cheguei à conclusão que a verdade de fato pouco importa

Antes, aquilo que cada um se arvorou em verdade para ter razão

Razão essa qual, a alguns tolos ou insanos, vale mais que ser feliz

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