Se escrever é fazer mágica, sou um mago; se for transformar, sou alquimista; se for dominar mistérios, então sou bruxo. Vim transmutar sentimentos em palavras e vice-versa. Os poemas falam de imagens, sentimentos e sonhos. Tudo se passa na vida real ou na surreal. Ao lê-los tenha atenção ao que está oculto nas entrelinhas. Deixe que os versos te levem onde o vento quiser levar. A musa de meus poemas é a vida. Estejam atentos, pois as palavras são metade de quem escreve e metade de quem lê.
terça-feira, novembro 12
sexta-feira, novembro 8
Tuas Letras
Quando o
inverno já apontava na instabilidade dos meus dias
Tu entraste em
minha vida qual a neve no alto da cordilheira
Por mais que
me recusasse, tu brilhaste em mim como um sol
Eu que era
crepúsculo, minhas pétreas premissas
desabaram
Quando me beijaste nos lábios ao vento noturno à
beira-mar
A imagem de teus cabelos esvoaçantes não me sai
da cabeça
Tuas carícias,
qual fugidio vinho, percorrem minhas artérias
Sob a lua das ilusões
minha voz recita versos até o alvorecer
E eu, vítima de teu feitiço, perdi-me no sonho de
tua vinda
Teu incandescente
beijo carmim que me fez ébrio de desejo
E desnorteia o
coração que em meu peito palpita acelerado
Com tua pele
de luz resplandecente a iluminar meu caminho
Chama incessante, assim viajo pelas dimensões de teu olhar
Minhas noites cintilam por ti e os astros e estrelas são tuas
Galáxias inteiras ou um único vagalume perdido, é só por ti
Este poema também é teu, afinal, és tu a razão destas letras
quinta-feira, novembro 7
Desafio
É tão fugaz e
esquivo dar vida ao mistério das palavras
As poesias desde
sempre entranhadas em meu coração
Mas nem assim
me pertencem, assumo, mas me habitam
Numa vida que tive
tanto que andar e de me desgarrar
Inquieto-me em
poder dar ao bronze formas e essência
Súbito descubro
que ao festim foi convidada a solidão
Faço com que a melancolia seja nada mais que
desafio
Prosseguir jogando o jogo entre todas
as minhas idades
Onde os
pássaros cavalgam os ventos, acima das ondas
Abrir a janela, aspirar o campo, o cheiro de terra úmida
E recordar da brisa que se entremeia entre os
arbustos
Mesmo quando dói trilhar pelo caminho da
maturidade
Esquivando-se dos ritos, consultando signos e oráculos
Recorda hoje
as vozes de outrora baterem à tua porta
Relembra da esperança amanhã, porque nunca foi fácil
Pois aqui
estou como menino a cantar velhas
canções
A sorver o novo poema, tal quem sorve a taça de
vinho
O novo poema mais lúcido de um implacável anoitecer
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