sexta-feira, novembro 8

Tuas Letras

Quando o inverno já apontava na instabilidade dos meus dias
Tu entraste em minha vida qual a neve no alto da cordilheira
Por mais que me recusasse, tu brilhaste em mim como um sol
Eu que era crepúsculo, minhas pétreas premissas desabaram
Quando me beijaste nos lábios ao vento noturno à beira-mar
A imagem de teus cabelos esvoaçantes não me sai da cabeça
Tuas carícias, qual fugidio vinho, percorrem minhas artérias
Sob a lua das ilusões minha voz recita versos até o alvorecer
E eu, vítima de teu feitiço, perdi-me no sonho de tua vinda
Teu incandescente beijo carmim que me fez ébrio de desejo
E desnorteia o coração que em meu peito palpita acelerado
Com tua pele de luz resplandecente a iluminar meu caminho
Chama incessante, assim viajo pelas dimensões de teu olhar
Minhas noites cintilam por ti e os astros e estrelas são tuas
Galáxias inteiras ou um único vagalume perdido, é só por ti
Este poema também é teu, afinal, és tu a razão destas letras

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