sexta-feira, março 12

Estranha Alma

 Sou uma alma desnuda quando escrevo meus versos

Minhas mãos cheiran a alfazema e assim vão morrer

Quando o inverno chegar, usarei minhas meias de lã

Irei recordar o cheiro perfumado destas flores lilás

 

Sou uma alma que desconhece limite, sangue quente

‘Oriundi’, corre em minhas veias mescla com tropical

Mas nem por isso, se possível, vir perder a elegância

Tenho apenas um coração para tanta dor que sinto

 

Sou uma alma que gosta do verão, outono demora-te

Quisera fosse um lírio ou uma violeta, alma inquieta

Não gosto de dormir, mas durmo facilmente também

Adaptei-me ao mar, sou da terra, campo ou montanha

 

Sou uma alma que nada sabe, não tosca, porém, singela

Gosto de carícias e afagos, gosto dos ventos do campo

Penso um tanto nos sabores, nos suspiros e fragrâncias

Há vezes sou sequioso comigo e minha pena não calará

 

O corpo morrerá, a alma seguirá a escrever seus versos.

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