Esta não é uma segunda qualquer, pois
teu nome já me é saudade
Não dessas que são frutos de grandes tempos nem das distâncias
Eis que meu corpo guarda na memória, a
geografia de teu abraço
O leve e gracioso sabor de teus beijos que ainda persistem em
mim
Esta é a saudade que tem a cor do afã de estar contigo outra vez
Tem o perfume do anseio de te contar quanto quero isso de novo
Pois fazia tempo que meu poema não nascia numa caligrafia feliz
Daí o coração que
viveu tantos litígios, ora tem
muito para contar
Porém não dirá das dores, ao contrário, dirá o que viu nos sonhos
Dirá que vê o teu sorriso, se te identificas nos versos que escrevi
Que ouço o som de violinos ao pensar quão mais quero teus beijos
Que o homem que sempre se viu na luta como
trem desgovernado
Ora é o arco retesado que irá
endereçar ao alvo a flecha certeira
Nesse ínterim, viver muito mais; recuperar a brisa do mar no
rosto
Caminhar de mãos dadas, desfrutar a
vida como vier, ir ao cinema
Nunca abrir mão de ser menino e sendo assim, um menino aplicado
Para manter
acesa esta chama que se acendeu, cultiva-la dia a dia
Subtrair, por fim, tudo o que não caminhe para se tornar um amor
Permitir que nos amanheceres avermelhem um horizonte incomum
Abraçar-te, sem fim, transcender de ser a palavra para ser o poema
Textos lindos, que revelam toda a sensibilidade e emoção do autor ao se deparar com seus próprios sentimentos, e, sem pudor, os expõem como em uma catarse...
ResponderExcluirAgradeço seu comentário que, tão sensível quanto os próprios versos, muito bem definiu o processo de criação deste poema.
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