quarta-feira, julho 31

Perfeitos Estranhos

 Por todo sempre eles se amaram, sem nunca terem se visto
Na quietude muda da noite, ela mostra seu amor profundo
Quando a saudade se vestiu de ausência, aflorou o silêncio
No bater descompassado daquele um coração já em ruínas 
Relembrando as horas de quase morte e a dor trespassante
Por aqueles instantes que se desacreditou até mesmo da fé

Aquele homem tão só, mergulhado no mais atroz da solidão
Mas ela vem dos astros com seus olhos qual recorte do céu
Com sua proposta para estremecer fundo o sentido da vida
Já decidida no avançado das horas, ajudá-lo a iludir a morte
E assim se fez sem varas de salgueiro nem os signos do irreal
Só o amor a vencer as incertezas até a chegada dos alvores

Eles eram tal qual duas crianças, face a face com o destino
Mas firmes para resistir com toda firmeza ao destino escuro
Seu sentimento os nutriria da seiva mais áurea da esperança
Quanto, mais adiante, lhes custaria essa rebeldia e afronta?
Não iriam aceitar flores sem perfume, cair da tarde sem sol
Aliás, sempre haverá os que julgam sem querer saber o todo

Um dia, esses dois estranhos, trilharam os mesmos caminhos
Mas eram um só nos sentimentos e nos sonhos intermináveis
Decretando o tempo de sorrisos, de abraços, de recomeços
O tempo da ternura explícita, o tempo de acreditar nos sim
Mesmo de perdoar, em verdade, aos que só sabem dizer não
Por fim, é chegada a era mágica de beijar na boca e ser feliz

                                        👉♬♪♫Thank You♫♪♪ 👈


Um comentário:

  1. Diz a lenda que as varinhas das bruxas e bruxos são feitas de galhos de salgueiro...

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