quinta-feira, julho 11

Tarde de Outono


Era uma tarde fria de outono, uma tarde de quase inverno
No entanto o sol brilhava distante delineando os contornos
Sentia a pulsação da expectativa de vê-la pela primeira vez
Toda a apreensão apagou-se assim que eu olhei em seu olhar
Tinha uma profundidade real e sublime que me encantaram
Era uma tarde fria de outono, que reclamava um chocolate
E um sorriso jovial, um quê de acanhado, um quê de sensual
O mundo à minha volta se diluiu despertaram os meus lobos
Enfrentando-se em uma batalha tão silenciosa quão mortal
Disputando tocar em sua mão para, só assim serem felizes
Lobos tolos, fui eu quem toquei sua mão e senti o seu calor
Então, nessa tarde fria de outono, algo mágico aconteceu
Pois, num repente, era de novo primavera e tudo floresceu
Aquela esperança antiga rompeu as pedras com suas raízes
Como o caminhante sem rumo que descobriu um horizonte
Meus lábios tocarem os dela assim tão levemente me cativou
Queria voltar, abraçá-la longamente, beijá-la qual deveria ser
Passos antes da esquina chegar uma saudade já me consumia
Por não saber quando tornarei a ter o amparo de seu sorriso
Ou o brilho de seus olhos. Perdoe-me não foi possível evitar
Volte que eu a esperarei para fazer mais uma vez essa magia
Em todas tardes do outono e encher minha alma de esperança

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