Era uma tarde fria
de outono, uma tarde de quase inverno
No entanto o sol brilhava distante delineando
os contornos
Sentia a pulsação
da expectativa de vê-la pela primeira vez
Toda a apreensão apagou-se assim que eu olhei em seu olhar
Tinha uma profundidade real e sublime que me
encantaram
Era uma tarde fria de outono, que reclamava um
chocolate
E um sorriso jovial, um quê de acanhado, um quê de sensual
O
mundo à minha volta se diluiu despertaram os meus lobos
Enfrentando-se em uma
batalha tão silenciosa quão mortal
Disputando tocar em sua mão para, só assim serem felizes
Lobos tolos, fui eu quem
toquei sua mão e senti o seu
calor
Então, nessa tarde fria de outono, algo mágico
aconteceu
Pois, num repente,
era de novo primavera e tudo floresceu
Aquela esperança antiga rompeu as pedras com suas
raízes
Como o caminhante sem
rumo que descobriu um horizonte
Meus
lábios tocarem os dela assim
tão levemente me
cativou
Queria voltar, abraçá-la
longamente, beijá-la qual deveria
ser
Passos
antes da esquina chegar uma saudade já me consumia
Por
não saber quando tornarei
a ter o amparo de seu sorriso
Ou
o brilho de seus olhos. Perdoe-me não foi possível evitar
Volte
que eu a esperarei para fazer mais uma vez essa magia
Em
todas tardes do outono e encher
minha alma de esperança
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