terça-feira, dezembro 13

Algo a Esquecer

Há um caminho de enganos que me foi difícil de evitar
Nessas noites insones de seres afogados e incoerentes
Cujos equívocos vão estampados nas máscaras sociais
Dia a dia alienados, são fragmentos do que deviam ser
Caricaturas regimentadas serão convenientes a quem?
 
Basta sacar a câmera e soltam seus sorrisos estúpidos
Podem crer que Deus vai dar uma entrevista na CNN
Vitimados por unir-se à literalidade d’algumas palavras
Especialistas em quê sequer sonham conjecturar, vão
Festejando a bolsa de NY nem sabem mesmo o porquê
 
Para não cruzar por esse pântano das ideias enganosas
Regresso sobre as minhas pegadas e não deixar marcas
Pois sei que o mundo desordenado quer me confundir
Fazer-me garatuja sem rosto, um filme de roteiro ruim
Com seus espelhos ilusórios a dizer que o ator fora eu
 
Estendi a mão para te tocar e tu eras somente sombra
Tão só a bruma na calçada suja, algo para se esquecer


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