Nem sei onde o
relógio parou para contemplar eu te despir
Sei que o tempo não
anda desde ver o teu corpo escultura
A lua se acanha no
brilho do teu sorriso luminoso de felina
Amanheço, mas não do
sonho do qual és infindo manancial
Doo nosso abraço,
acima da linguagem, a construir o verso
Para não ferir as
palavras, sob a maravilha de tua geografia
Nunca a vida verá
beleza tão pródiga sem clamar teu nome
Nunca uma beleza
humana fará como tu silenciar-me a voz
Senhoria de minha
vontade entre o relâmpago e a calmaria
Estas são
substâncias impecáveis nas esquinas da memória
Imagens rubras de
ócio e volúpia, o manto de seda diáfana
Só o que te cobre, enquanto sorvemos o azul do horizonte
No
abrigo do teu colo, nada neste mundo é dor ou tristeza
Pelas estradas de peregrino avanço mais lúcido que nunca
Porém é chegada a
hora de vestir teu jeans então partires
Mergulhar na selva
de concreto profunda, além do jardim
Onde semeei tuas rosas, onde sou a videira e tu és o vinho
Onde na brisa da tarde, os pássaros murmuram teu nome
Onde
eu espero o relógio parar de novo por te ver voltar
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