segunda-feira, novembro 11

Borboletas


Quero sentir tua boca beijar minha boca, agora mesmo
Não posso deixar para amanhã, pois ouço anjos cantar
A magia da noite se aproxima e quero tudo tão simples
Tal qual o rubor do pôr do sol no horizonte, sobre o mar
Quero a brisa que me desalinha os cabelos nestas tardes
Também a ternura de um abraço teu, longo e apertado
Sem qualquer complicação, sem fórmulas ou indagações
Só estar presente, ser o presente, no presente e futuro
Anseio a que me toques a alma como só o teu olhar sabe
Quero que dancemos tão leves a ouvir o som das nuvens
E bailando ao compasso da pulsação de nossos corações
Ouve comigo o canto dos pássaros que já vão se recolher
Sente no ar o perfume carinhoso das lavandas vespertinas
Nada temos para perguntar, pois já sabemos as respostas
Apenas estar, dialogar em silêncio e redescobrir o mundo
De mãos dadas, deitados na relva, fazer caretas e sorrir
Corre os dedos entre meus cabelos em carícias sem fim
Constata que sou teu e toma posse do que te pertence
Vamos juntos neste sonho que já se iniciou e vai crescer
Vê as borboletas a nosso redor anunciando a primavera?

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