sábado, junho 10

Poço de Saudade

E eu que te procurava nas esquinas dos meus medos

Mas, te encontrei onde o vento dobra todo o olvido

Onde de paixão adormecida tinhas as mãos trêmulas

Com os olhos qual pássaros que voam para o infinito

 

Convidamo-nos brincar junto a um poço de saudade

Foi assim que pude abdicar de minha própria solidão

Permitindo que toda a loucura se fizesse de ternura

No encontro de nossas bocas, calor fugaz dos beijos

 

Senti teus abraços ternos permutarem meu caminho

Que dos abismos parti para a cintilância das estrelas

A minha voz explodiu em um arco-íris de eternidade

A escrever a cor de poemas que gravaram teu nome

 

Mas o destino te levou embora. Tormenta no corpo

A angústia gira na alma, quero fugir e não há saídas

Na estrada bordada de sabiás, há espelhos rompidos

Eu quis que viesses e me levasses para nosso espaço

 

Queria ouvir tua voz, ver a luz guia que tu emanavas

Mas só encontro esse caminho interminável ao nada

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