terça-feira, junho 11

Ser ou não ser

Falo a língua dos meus antepassados
A língua que não me permite mentir
Ou negar o sangue que corre na veia
E sequer oferecer um gato por lebre
Se eu duvido é para poder acreditar
Sejam as palavras a luz dos caminhos
Que eu nunca diga nada que não sei
Diante da janela quando a chuva cai
Que nunca eu cante canções vazias
Falando do que não vivi ou não senti
Mas nunca me cale diante do perigo
E nem me ostente no dia de sucesso
O meu verso não colha linha alguma
Senão aquelas que eu mesmo semeei
Que eu não preste falso testemunho
Mas o que eu vi com os olhos d’alma
Que o coração não seja o que julga
Nem a cabeça a que sente a paixão
Falo a língua dos meus antepassados
Que de honra e sacrifício se perfez
Direto e sincero na verdade seja tal
O murmúrio da água no leito do rio

 


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