quinta-feira, setembro 5

Promessas


Hoje é um novo dia paradoxal, um dia comum e especial
A alegria do pássaro se alastra por tudo que o circunda
Que com veemência se transfere às plantas ao seu redor
Ontem não foi de sol, e isso foi tão relativo, pois brilhou
A tarde se encaminhava sem promessas, tanto silenciosa
Entre a chuva e o frio, antes que se desfizesse a manhã
Os ponteiros do relógio apontam hora e direção a seguir
Sei que o tempo não espera, não há lugar para ter medo
Era hora de lutar por meu amor, pelo que tenho de bom
São tantas as máscaras que convivemos ao longo do dia
Desenhos quase reais que até emulam trejeitos de face
Mas eu preciso perseguir o que é real se quiser ser feliz
E veio a noite, toda nova e despida do antigo abandono
Invadindo o quarto, inexplicável diante do delírio de ser
Rompemos um longo silêncio a fazer juras, compromissos
Na mais sublime declaração de amor vista em algum altar
Fizemos amor, beijamos, rimos, choramos, nos entregamos
As estrelas piscando bem acima das nuvens nos olharam
E nos ouviram o grito primevo com a voz entre os dentes
Chego mais perto de ti e aperto teu corpo contra o meu
E é o que basta para ter certeza que teu amor é só meu

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