Não esperava te ver
tão breve angústia correndo-me nas veias
Para fazer disparar
no coração toda a velha dor do abandono
A dor da nulidade dos
esquecidos, de ser apenas uma sombra
Dura é a amargura de
ser aquele que não merece uma palavra
De ver ruir tudo que
era belo, em meio à respiração ofegante
Na pulsação
acelerada que a tristeza inaugura entre lágrimas
No rosto que o sorriso foi exilado nos porões da
indiferença
Quando tudo é distância, uma só palavra é um enorme
afago
O silêncio traz
consigo um desejo de morte, uma nuvem negra
Procuro a
compreensão, mas não encontro nenhuma resposta
Quão
enorme se faz a solidão que a noite de insônia eterniza
Queria dormir até o
amanhecer e acordar sendo outra pessoa
A quem não falte em nenhum dia a ternura da amada distante
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