segunda-feira, fevereiro 17

Nada menos



O poema surrealista nasce do antióbvio, do ar vítreo do dia
De nuas frases feitas sem versos no mundo das exclamações
Sem entona
ção especial, por que nada havia além do silêncio
A intenção do verso foge pois, nós somos poucos a perceber
Que afinal, até admirávamos esse lado exótico da linguagem
Sem que o som fosse de fácil percep
ção, impérvio ao tempo

Há vezes, tão vazias, as palavras não tem o sentido da forma
E não se pode comprar sentimentos nas altas horas da noite
Os pensamentos vêm rápidos em sua formulação excêntrica
As pessoas anônimas que transitam pela rua, vão a medir-me
Não hesito em devolver os olhares, mas palavras não profiro
Por conta de meu senso, certo que sentir não aceita dúvida

Na raiz do poema, estão os espelhos que guardam o passado
Prontos a partilhar a saudade e todas angústias da ausência
Que as voltas do relógio não têm o condão de nos distanciar
Eu que a vida toda procurei quem importasse, ora encontrei
Mas, o destino vem e diz que não pode importar tanto assim
Porém, de rigor, não posso amá-la um grão menos do que amo

Olho-a nos olhos e sei que é só minha, mas também vejo medo
De se entregar e eu falhar. Jamais deusa! Esta vida é só por ti.

Um comentário:

  1. Como seria difícil encontrar o amor da vida e não poder estar ao seu lado, com a única intensidade que isso merece: máxima!
    O amor não se coaduna com freios e, posso sim, sem querer te fazer sofrer. Mas jamais por trair a confiança que tens em mim.

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