Há noites que as visões obscuras do sonho invadem a mente
Caminhando
ruidosamente entre os cascalhos das alamedas
Que nós inventamos
entre sutis jardins de nossa imaginação
Parece que
sempre estiveram ali, com suas garras à espreita
E num único
gesto oferecer seu sopro místico em escarlate
Assim, revelar
segredos sobre como a vida se deve
conduzir
Dizer que não se deve pensar em medo ou cautelas
infinitas
Nem fazer
alguma reprimenda ou juízo, a perguntar porquê
Como se
poderia explicar cada gesto sobre a
folha de papel
Não haveria
dessa tinta rubra que descreva cada
expressão
Foi tanto tempo
a marcar a face com espantos, dor e vigília
Mas foi também
resiliência e coragem para erguer a cabeça
Na tangente do
infinito portamos altivamente esses fardos
Que o destino nos atribuiu para a nossa passagem telúrica
Vezes nos deparamos com a mesquinhez e a falta de razão
Outras delas,
com carinhos muito além da superficialidade
Na mão que
acaricia a pele ferida e insultada,
amparando-a
É preciso dar fim nas histórias insepultas e em seus
abismos
Porque o amor
bate à porta e não restará espaço para dor
Não há lugar para o arcaico e o ignoto, o pássaro
renasceu
Fênix a
desafiar a tormenta, extremar os limites prescritos
Ser tão grande quanto a sombra que o sol nascente projeta
Assim já virão novos dias, é preciso vestir a cauda do pavão
Erguer-se da
multidão sem medo de errar e tentar de novo
A luz do dia
brilha para todos, mas só quem se atira à lida
De peito
aberto, colherá os frutos antes do dia
anoitecer
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