quinta-feira, agosto 10

Tudo lembra de ti

A saudade de tua presença, tudo me lembra de ti

Ouvi a alma do mar cantar lá fora da minha janela

As ondas mansamente, beijando as areias da praia

Vêm-me o sabor de teus beijos, sedução agridoce

 

Os pássaros azuis das tardes, voando ao anoitecer

Vejo-os lépidos no jardim entre cravos e magnólias

Com seu canto silábico vão retornando aos ninhos

É o suspiro sensual que me recorda de teus lábios

 

O dia se foi, a noite vem chegando em fragmentos

Juntando-se, um poema sigiloso, pedaço a pedaço

No véu celeste que escurece, a estrela que brilha

É o abraço que falta em meu peito morto de vazio

 

A boca secreta do arcano fala dos lírios do verão

Uma imagem gestada no ventre infinito do espaço

São enigmas que traçam em mim, pássaro noturno

A nostalgia viva no rastro de teu bálsamo familiar

 

Voam as abelhas celestes ligadas às asas do poema

Cintilando em arpejo, tal letras que fogem pelo ar

No fim de estrofes que inventam tuas lembranças

Tu, guardei intocada das auroras que insistem vir

 

Deixe que a luz se aninhe no parapeito das tardes

Onde tudo canta e cala, apenas p’ra lembrar de ti

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