quarta-feira, outubro 16

Lua Nova

Musa onde te escondes, o dia parte já triste sem ti
O sol se esconde do dia num horizonte em chamas
Divide o céu entre brisa tépida e vento frio do sul
Eu escondo parte de mim em teu corpo em chamas
Qual uma rubra linha divisória entre o bem e o mal
A lua desponta prata sob um negro toldo estrelado
Recortado pelas montanhas de um verde indistinto
No teu olhar sereno, o que restou do dia de verão
Teu perfil à janela, recorta a noite em luz e beleza
De seios qual peras és o jardim do éden renascido
Teu torso esguio de palmeira, um paraíso tropical
No quadril violão reside a música que me estimula
Meu novo mundo, onde cintila uma nova estação
De tanta vida e luz, se invejam primavera e verão
Quedo-me de joelhos ante teus lábios encarnados
A nudez de teu corpo, é igreja de minha devoção
Na liturgia das tuas doces palavras, és meu poema
Mar fulgurante de vida, em tuas praias a repousar
Na sombra de tua gruta apuro meu suave paladar
Enquanto não voltas todas noites são de lua nova
Mostra-te amada e devolve o brilho a este mundo

 


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