quarta-feira, janeiro 1

Novo Ano Novo



O relógio do ano segue marcando seus primeiros minutos
Recolhendo das horas, tanto a esperança quanto o medo
A poesia se faz da fartura de sentimento, a sina sem rima
Os olhos, ao redor da mesa, observam as cores das frutas
Há sempre uma busca, um querer, nos sinais dos resgates
Sempre se aguarda o que de novo a alvorada possa trazer
Aguarda-se um brilho de luar que cale o silêncio dos dias
Tudo são sonhos, irrequietos, insanos, meio às novidades
Que são repetidas a cada mês, nem são novas de verdade
A passagem do ano é um momento que o poeta ébrio cria
A admirar a toalha de impecável linho a balançar ao vento
Enquanto no jornal noticia as ausências que vamos sentir
Pois não é dia de falar da vida que acaba, a luz que apaga
Mas sim da vida que renasce florida, fresca e perfumada
O poeta escreve das lendas, do céu, estrelas e dos jardins
Não podem as palavras tortas abalar a paz que esperamos
É tempo de abrir as portas, para permitir toda luz iluminar
Olhos ao alto, caminhos outros a repaginar um céu inteiro
Neste verso que inaugurou um janeiro de renovada paixão
Que se fará, dia a dia, capaz de sonhar e realizar tudo novo
E de novo, porque os vestígios de ontem, a chuva já apagou


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