sexta-feira, novembro 10

Amapolas

Estavas lá e eu te tocava delicadamente

Uma vontade inconsútil, deliciosamente

Teu corpo e meu corpo, destinos unidos

A deslizar na noite sobre um alvo cetim

Fazer-me alojar na raiz de tua existência

De onde sair só ao chegar do amanhecer

Os olhos fechados p'ra saborear o sonho

Levar vida p’ra onde só haviam amapolas

Caminhar os campos, outrora crestados

E ora depositei mil sementes de poemas

Sussurrar-te tantos instantes luminosos

Revelar que sou pluma e também vulcão

Romance memorável ao fogo da aurora

Encontrar-te entre os estilhaços da lua

Ter-te nos braços e resgatar da solidão

Eternamente contigo até iludir a morte

Nenhum comentário:

Postar um comentário