segunda-feira, novembro 20

Sina

 Penetro-te por cada ranhura

Em cada greta resvalo

Entro pelos orifícios

E tu chias

Não importa a forma

Eu te observo

Meu olhar úmido

De quem se abrasa

Um instante

E o inseticida

Vem pelo túnel

Sufoca-me até matar

Verme que sou

Deixei marcas

Em ti madeira

Somos esses

É nossa sina

Ser assim

Eu cupim, tu árvore

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