Mais uma vez
venho conjugar estes verbos todos no particípio
Que me participam
destes versos que vêm te contar sobre
nós
Também servem de argumento para dizer-te que que te
espero
Como todos os dias, enquanto meus olhos cortam teu
caminho
Na esperança
de cruzar com os teus, em alguma hora colorida
Desenho para
meu futuro, com traços trêmulos, nosso abraço
Tu em meus
braços, o que faz o sol despontar entre as nuvens
E a chuva reduzir-se a um outro verso apenas para
fazer a rima
Rima que meus
versos não tem, mas são argumento para te ver
São o que
minha voz não repete, mas retrata a
saudade sem ti
Pois, sem ti,
mal sei respirar; só versejar que nem precisa de ar
Perco-me
quando escrevo e perder-me-ia de toda forma sem ti
Se das margens
de meu sonho te escrevo, sou somente
emoção
Escrevo a teu lado, toco teu braço e sorrio, sorris e mal
sabes
Que aquilo que escrevo resplandece enquanto me
olhas assim
Pois a luz que
ilumina o poema não são palavras, são teus olhos