Hoje o dia amanheceu como uma vez
pedi aos ventos
Confundindo-se o sonho e real na pontualidade do sol
A mover fictícios
moinhos no caminho das lembranças
Por ti me acordei desse sono e caminhei até as janelas
As imagens do fulgor da noite estão lá como pulsação
Recolho os versos que escrevi das gavetas da lua nova
E trago-os à tua luz onde minha alma voa como estrela
No véu do coração te ouço cantar uma canção divina
Teus passos palpitam no azul que vai se descortinando
A correnteza do amor
leva longe a tristeza e a sombra
Levando a ausência
para além da distância geográfica
A vontade de estar contigo é irmã de insônia, desatino
Quero viver nesse amor, de peito aberto, sem fórmulas
Abandonar a mala das memórias, de todo o desconsolo
Saiba, que nestes
versos não existem palavras de ontem
Pois são só teus, verso
e reverso, fruto de meu suspiro
E os componho só para ti como um canto de esperança
Para te dizer que mesmo no dia a dia não és nada trivial
E toda vez que sei de ti, seja perto
ou distante, és única