Noite de Amor
Na negrura das
sombras, movem-se as criaturas na noite
Ocultas na
pulsação das águas do doce amor encantado
Encanto
transmutado que brilha no segredo dos sonhos
Enquanto a voz
do pássaro se perde no silêncio noturno
Em busca da
palavra nua que nenhuma boca ousou dizer
Duas mãos se
movem a seguir as borboletas esvoaçantes
Por entre
quatro paredes em tempos de calor abrasador
Nas mentes elas
são a morada do sonho rumo à alvorada
As ideias
foragidas da mente vêm mergulhar acolhedoras
Nas águas
amorosas da clara madrugada, n’uma vertigem
Agitam suas
escamas translúcidas e seus corpos líquidos
Espalhando pelo
ar o riso convulso desaguado em alegria
Com a paz do
amor ora realizado nesse voo bailado a dois
Vem uma morna
neblina que atenua os sentidos em alerta
Daquela luta
de gestos, idas e vindas, de fogo e sussurros
Pois flui manso,
de súbito, o rio que os levará ao amanhã
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