Foram numerosos silêncios tão crus quanto ásperos
Uma fome insaciada, uma névoa de muito desalento
Mãos distantes a se buscar ébrias em meio ao sonho
Foram tempos de um nó insano a
arder na garganta
Foi o frio da vida seguindo numa angústia sem saída
Foi a dor da perda num reencontro de cartão postal
Tal a dor que dói à terra a flor
que se lhe desenraiza
Onde restam cicatrizes que nem o
tempo vai apagar
Mas a mão do destino esconde
segredos em silêncio
Mantém em si todas razões que a
razão desconhece
Com esmero de reduzir a nada todas as construções
no que seja improvável; Romper as
impossibilidades
de tudo aquilo que se pudesse nomear de impossível
No ventre que gera a vida está o
germe da renovação
Para se fazer tempo de
reencontro, de reaproximação
Acalmar as dores, angústias,
dúvidas e hipertensões
Enfim uma flor se desabrocha, é a
vida reeditando-se
Nos portais do espaço e tempo semeamos esperança
Para reaprender que distância é apenas
uma ficção
Chegas no sonho, mas és corpo, és carne e realidade
Cada vez que nossas almas se
encontram no infinito
As memórias de vida se refazem na energia ancestral
O nosso tempo já não é como nos
relógios sonolentos
Não haverá monumentos ou heranças de nosso viver
Devo falar do que há muito tenho
guardado em mim
Já devia ter te dito: dá-me a tua
mão e fecha os olhos
Aconchega tua cabeça sobre meu
peito neste abraço
Sem imaginar se é possível ou
distante, sem projetos
Apenas fica. Seja para sempre ou apenas um instante
Mas que tenha a duração da eternidade dos amantes
Sempre me pertencerás na minha ilusão
de nós dois
O existir não tem sentido senão
aquele que criamos
Uau! demais!
ResponderExcluirParabéns !!! Adorei,realmente cada palavra tem sentido,principalmente qdo a maturidade vivenciou o sentido de cada palavra.Gratidao pela sua amizade.bjs
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