Gostaria tanto de
te pedir aquilo que não posso
Aquilo a que não tenho
direito
E que me aflige
em horas várias
De matinais a
noturnas
De calmaria e de
tempestade
De sono e de vigília
De chuva que cai
na janela
E de lua que
ilumina os montes ao meu redor
Como me é impossível
saciar essa vontade
De ser algo mais
que uma doce memória diária
Que desaparece em
meio ao labor
E a rotina de teu
dia
Em meio a tuas paixões
diárias
Que me roem por
dentro
Em gritos que não
devem ser expressados
Senão nestes
versos sufocados
Me tornando como
o éter que se esvai
Mas deixa no ar
seu rastro de aroma
Que entorpece os
sentidos
Assim como única
solução
Deixo-me cair no
profundo sono
Pois aí
No meio de meus
sonhos,
Não me negas nada
que eu deseje ou precise
E que um dia a
vida me tomou
E continua me
tomando
Devido ao fato de
que a ampulheta do tempo
Virando e
revirando
Faz pagar a todos
que a subestimam
Me resta a chuva
na janela
Com sua
simplicidade
Que não cobra
nada de nenhum amor
Esvaído pelo
vento
Que corre pelos
trigais
Outrora dourados
E agora ceifados.
Por Lana Lange
que lindo!!
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