Nunca
te imaginei tão covarde
Nem
considerando que um dia o fui
Mas não
tão covarde assim.
Todos
têm medo, não é isso.
Mas tem
medo do mal, não do bem
Tiveste
medo do que viste
As
pessoas nos admirando
De nos
olharem como ‘casal 20’
Nas tuas
próprias palavras
Abri
mão do desejo de te ter ao meu lado
Para
ter tua amizade, mas foste covarde
E mesmo
isso me negaste
Nunca
te imaginei tão ingrata
E isso
nunca o fui.
Mas nem
Séneca ao escrever a Lucílio,
Poderia
imaginar algo assim
Ao teu
pedido de socorro atendi
De
peito aberto, sem nada esperar
Coloquei-me
em risco de ficar só
Mas
estive ao teu lado, te amparei
Amparei
tua cria e curei a ela e a ti
Empreguei
‘tudo’ que sei para teu conforto
Para tua
segurança e bem-estar.
Sempre
me soubestes um bruxo
De recursos
inusitados
Porque
te fizeste de ofendida
Porque andei
pela noite para te proteger?
Queria
dizer que te odeio,
Mas ao
consultar meu coração
Descobri
que te desprezo
E que
não lembro mais de ti
Só
hoje, como data comemorativa
Lembrei
Que és covarde
És ingrata
Um
único dia para lembrar
Da tua covardia,
tua ingratidão
E agradecer
afinal
Por
estares longe
Por
jamais precisar te dizer mais nada
Por
todo o resto da vida
Para
finalizar, resta
Agradecer
pela tua ingratidão
Além do
ingrato não ser eu
Pois
assim sei que minha recompensa
Me
espera, ainda, em algum lugar, melhor que você.
Sem
brilho? Ora, há coisas piores!
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