Sinto-me tão
só e não sei bem porque tu fostes
Dói-me o
coração e meus sentidos estão aflitos
Uma letargia toma conta de mim como veneno
Tombei vencido diante de minha maior batalha
Fiquei exposto ao inimigo ao pedir-lhe a mercê
E minha luz de viver foi levada a outros
confins
Sinto-me tão só é porque sei que não percebes
Que não posso
encontrar a saída desta floresta
Por que ainda é escuro e minha alma é criança
Perdida entre
as folhas do que nunca sentistes
Estás tão longe e dói saber que não posso voar
Longe. E só restam as asas invisíveis da poesia
Sinto-me tão
só e todos lugares são de lágrimas
Onde quer que
eu vá teu lugar vazio me sufoca
Somos duas peças vizinhas deste quebra cabeça
Que a vida nos
propôs: vencer velhos fantasmas
Que agora me
assombram terríveis como nunca
Me roubando o
ar, tornando cinza onde eu olhe
Sinto-me tão só e não sei bem porque tu fostes
Disseste tão de repente não consegui assimilar
E a música
parou de tocar, não cheguei ao final
Há muitos
amanhãs até poder rever teu abraço
De tantas tintas, o quadro da minha existência
Continua, sem
tuas cores num canto, inacabado
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