Se escrever é fazer mágica, sou um mago; se for transformar, sou alquimista; se for dominar mistérios, então sou bruxo. Vim transmutar sentimentos em palavras e vice-versa. Os poemas falam de imagens, sentimentos e sonhos. Tudo se passa na vida real ou na surreal. Ao lê-los tenha atenção ao que está oculto nas entrelinhas. Deixe que os versos te levem onde o vento quiser levar.
A musa de meus poemas é a vida. Estejam atentos, pois as palavras são metade de quem escreve e metade de quem lê.
domingo, maio 9
Por outros caminhos
Não mais seguirei pelos caminhos que julgas teus
Pois
ficaste estática, muda de irrevogáveis
passos
À
espera que se frutificasse o que do céu não
caiu
Como
se obscuras tenazes raízes fixassem
teus pés
Porém, deves seguir em frente por onde sonhaste
Que
como sabes voltar atrás não poderás. É tarde
Devias ter vencido o abismo sobre a corda bamba
Alcançado a outra margem e
transpor sua sombra
Quando fores reencontrar o que se fez invisível
Não
o poderás julgar, sem teres a ciência de tudo
E
jamais a terás, então o silêncio será conselheiro
Não
olvides o destino: é enredo de mãos
invisíveis
Te
surpreenderás quando solenemente vier a luz
A
trazer a revelação que a sanidade não imporia:
A
imagem de que foges é a imagem que procuras
A
figura da qual te eximes é a figura
que te falta
Os fios da vida que almejas são linhas deste poema
Empilhadas sob minha pena: nem traços inofensivos
Nem pedras
de alguma longínqua e agreste
escarpa
Mas conhecimento que se abriga sob olhos levianos
A verdade não é a arvore que frutifica ou sombreia
É o fruto de uma difícil entrega para calar os medos
Outorgados
ao nasceres, não importa quão rebelde
A resposta é da cor da paz, mas tem o som da fúria
Contudo deves ter por certo que livre desses
temores
O coração pulsa mais se alheio aos reclamos da
razão
Gera uma luz desmedida que se irradia e ofusca o dia
Traz em si um quê de eternidade e dois de
esperança!
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