quarta-feira, novembro 12

Elétrico

 

Andava pelas ruas
Numa tarde elétrica
Relâmpagos ciscam
Entre nuvens cinzas
Olho as portas fechadas
Ausências na calçada
De repente música
De um rádio distante
Entre trovões e vento
A soprar folhas caídas
Lembro olhos meigos
Que brilham na janela
Mas repentinamente
Um raio tudo silencia
Chegando o entardecer
Um longo caminho
Nem sons, nem olhares
Foram-se tão breves
Para não mais voltar

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário