No perene
trânsito do mundo muitas vezes
nos calamos
Cala-nos
nossa alma, nos encolhemos diante dos pesares
A pesares quais dores sejam mais
vulgares que o silêncio
O senso que nos atrelou à essa
coisa fria que diz ser vida
Servida de qualquer jeito tal que
nos privando de cantar
A decantar as palavras em exílio,
ideias nuas de verdades
De nulidades que seria de
perguntar a qual fim serve isso
Sem viço e
sem brilho, só angústia e vazio atrás da porta
Que transporta a outras deidades
a culpa dessas decisões
De cisões e
afastamentos, que nos rapta sutil desse amor
O carinho que olvidamos de dizer é
a dor que transborda
Traz na borda
o espinho na garganta que cala esta elegia
Esta alegria roubada, uma saudade
frígia breve e concisa
No cinza dos
dias que revolveu o horizonte em encantos
Em cantos
solitários, versos glaciais que jamais lhe dirias
Nem medirias o quanto tudo isso
te fez outra e diferente
Que de frente a muitas questões há
tão poucas respostas
Repostas nas
lembranças esmaecidas de minha realidade
Da real idade
que jamais notei enquanto o tempo seguia
Pois se guia a vida por sua
intensidade e não pelo relógio
O verso cala
o silêncio, desnuda a vida, acende o coração
A leres o poema não o vejas em
mim, toma a ti e te sirvas
Sem ser belicoso, suave!
ResponderExcluirDenota um certo desalento, porém sutil.
Encantador... como vc!
Adorei!!!!!