Hoje celebro minha presença em ti ainda que seja um
átomo que habita teu ser
Uma haste da relva de teu verão,
mas divertido, compassivo, sensível, profuso
Em ti descanso tranquilamente e convido minha alma. Em ti, louco me refugio
Em ti descanso tranquilamente e convido minha alma. Em ti, louco me refugio
Com a esperança de não cessar até morrer. Ecos de
minha mais bela inspiração
Mesmo sonhando, reconheço na atmosfera a tua fragrância
entre mil perfumes
Fica esta noite e ainda este dia
comigo e será tua a origem de todos os poemas
Até despir-me-ei de meu disfarce e
ficarei nu de crenças pelo bem ou pelo mal
Ouça o som, canção de nós mesmos erguendo-nos da cama
e encontrando o sol
Ao meu lado, será teu o bem da terra e de todos os
milhares de sóis a descobrir
Hoje me recebe, ainda que seja eu apenas uma das
árvores de tua vasta floresta
Sente o odor de minhas folhas verdes como a essência
que inebria eternamente
Ouve a algazarra remota da infância nos campos e
colinas do outro lado do vale
Repara no gorjeio matinal dos pássaros quase a sussurrar
nos ramos das árvores
Na dança de luzes e sombras que a
brisa causa ao soprar suave como um abraço
Ouve o som da minha voz a te dizer redemoinhos de palavras
aos quatro cantos
Respira esta poesia de murmúrios vagos talhada nas
pedras brunas da beira mar
Ainda que não enxergues através dos meus olhos vê minha
certeza do que sinto
Certeza tal a mais certa certeza no envolvimento da verticalidade
de nossa vida
Sente meu anseio recriador do mundo, sem paraíso ou
inferno, mas tanto nosso
Inalcançável aos eruditos e ignorantes este mistério
vive e aqui estamos, juntos
Aceita meus beijos e abraços afetuosos,
altivos, etéricos replenos de substância
Também por achega o sexo, quiçá omisso, mas feito na
batida do meu coração
Saibas não possuíras coisa alguma
de segunda mão nem alimentarás fantasmas
Estou sim satisfeito – vivo, danço, rio, canto busco
dar o melhor e isolar o pior
Entenda não é possível mais perfeição que agora e há ardilosos
sempre à volta
Olhando com a cabeça pendida para um lado, curiosos
sobre o que está por vir
Se aprazem com a solidão, sentem orgulho sem entender
o sentido dos poemas
Mas só nós sabemos provar o invisível ou qualquer
partícula que ninguém a vê
Pois te convido a este amor de raiz que enche nossa
casa com sua exuberância
Conhecendo a adequação e a equanimidade
das coisas, enquanto eles discutem
Tu és necessária nesta estrada como a passagem do
sangue através de pulmões
Serei sempre teu companheiro amoroso que dorme
abraçado a ti a noite inteira
Um dia, algum lugar, uma eternidade após, eu lembraria
tudo isto num suspiro
Exaltar este Poema sinto um misto de alegria, tristeza, beleza, indenidade...
ResponderExcluirParabéns! Perfeito..