De tanto te amar,
compus este cântico, sucinta esperança
Neste final de maio, doce como lírios que brotem na noite
Onde brilham
as estrelas, tão peculiares de longos outonos
Sei que virás, sob essa luz lilás, tão breve quanto perfumes
Trazendo o
olhar, qual astrolábio, a mostrar-me o caminho
Se já fui nau à deriva, ora singro presto nas águas sombrias
Meu sextante, flor de macieira, tua face rósea e delicada
Cheira a saudade e ao hálito da brisa matinal ao teu lado
O vento que me ensinaste, enfuna as velas e
navego lesto
Chegarei ao primeiro raio de sol trespassando pelas folhas
Vesti-me com a couraça da poesia, minha lança de palavras
Trouxe a ti as vozes que ouvi cantar pela planura deserta
Assim me transformei em sonhador da fonte de luz e vida
Quisera cantar no alto das montanhas, seguir os rouxinóis
Ser homem corajoso, descobrir um paraíso simples e claro
Esta vida é
flama errante, penso que o ontem
foi-se rápido
E quão mais afasta, tão maior é a saudade que sinto de ti
Por vezes imagino que ninguém me escuta, só tu me ouves
Se te digo para brincarmos como crianças
entre as flores
E esquecermos
todo o mal que a vida nos ensinou a temer
Na franqueza
do coração junto ao rumor cálido do regato
Sob negra abóboda há o poema e uma justa causa a morrer
Qual lírios da noite, o consolo é sentir, onde vá, teu aroma
Vou recitar este poema, acompanhado do coro dos ventos
E onde houve silêncio o país inteiro há de ouvir minha voz
Neste final de maio, doce como lírios que brotem na noite
Sei que virás, sob essa luz lilás, tão breve quanto perfumes
Assim me transformei em sonhador da fonte de luz e vida
Quisera cantar no alto das montanhas, seguir os rouxinóis
E quão mais afasta, tão maior é a saudade que sinto de ti
Sob negra abóboda há o poema e uma justa causa a morrer
Qual lírios da noite, o consolo é sentir, onde vá, teu aroma
Vou recitar este poema, acompanhado do coro dos ventos
E onde houve silêncio o país inteiro há de ouvir minha voz
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