segunda-feira, setembro 15

Poema Quântico

Dos versos despontando palavras de quânticas esperanças
Levanta-se a nuvem de fumaça e a multidão grita pela rua
Um grito glacial encerra um quadro de imagens desmedidas
Dúvidas violentas rondam os homens comuns nas esquinas
Árvores começam verdosas os dias que vêm do desespero
Uma estátua de sal surgiu na praça sob olhares incrédulos
O jornal mente sobre os feridos e ninguém sabe nada além
Rostos impotentes em seus cornos, começam o dia alheios
O criador poderia ter criado o céu, os campos e os mares
Mas sem bíblias, vedas ou alcorões e sem nenhuma guerra
Na sombra do medo de errar, resulta nosso maior fracasso
Estão no meu cérebro, os delírios, os acertos e minha selva
A nua insistência de caminhar seguindo sempre em frente
Apesar das instituições e dos seus cordéis de marionetes
Olvidar um comando que nos manda jogar de Caim e Abel
Ser um poeta quase mitológico, possuído só por si mesmo
Ser a pessoa como se é, embora disso venha uma tristeza
Quando se termina de fazer amor e logo é preciso partir

 


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