Dos vórtices desta minha inesgotável solidão
Sou quem conhece as verdades e os enganos
Foram inúmeras decepções, ó meu bom amigo
O que não sei,
concebo e trago todas
provas
Por vezes, eu
finjo aceitar as coisas como são
Fazer de coisas
banais, assuntos tão
sublimes
Ou assuntos
sublimes ter ares de
coisa banal
Não, nad’isso se
vai aprender nas
faculdades
Aprender-se-ia a ser um filósofo, poeta jamais
Será capricho do destino este
peito retalhado
Dar-se mais aos versos, que as máximas da lei
Das artes de guerra e de toda nula
estratégia
Preferi as noites indormidas e o copo
ao lado
Portanto, cale-se antes de dizer que os versos
Prestam apenas a estúpidas histórias de amor
Ou me fará que o mande à mais solene merda
Juntamente com tais questões de altivo
valor
Sou poeta sim, penso que nasci
assim. É cruel
Atinar que as colunas valem mais que o sonho
Dos vórtices desta minha inenarrável ausência
Sou quem conhece as emoções e as cicatrizes
E posso dizer que não há realidade sem sonhar
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