O apego à forma
humana não condensa o espírito
A sombra de um
vago desamparo antes persevera.
À cata de si
mesmo na ação o ser, ou seu vulto,
mais se afasta de
sua verdadeira natureza e impele
à uma visão
dividida, separada do cordão da vida.
Olvidado de sua
condição divina, o ser se vê na carne
Submerso na
negrura do infinito e ata invisíveis nós.
Atrai o
imponderável, corre silenciosamente o espaço
do pensamento
sempre preso a coordenadas fictícias
mas alheio à
sombra interior de seu verdadeiro eu oculto
E o corpo, pois
resiste na escalada em busca de respostas...
Nas dobras do
silêncio onde os gritos falazes da existência
anseiam o
estado de plenitude interna cuja simetria reúne
um quê de
unidade, um quê de parte eis que se condense
Pela afirmação da
ciência na real exaltação do movimento
Mais que mera
substância o ser é uma fusão de alma, fogo
cor e ouro. É
enfim uma forma de múltipla condensação
é uma senda em
rumo ao horizonte, um arco-íris multicor
O ser não é,
apenas está, uma mescla de deus e demônio
Tecida no
solitário e belo ramo obscuro do entendimento.
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