Foi ontem, a página e as
letras que li ainda me fitam
Da tela, agrupadas,
conspiradoras me invadem.
Me levam a um voo que não
sei como pousar
Sei, entretanto, que quero
é voar, mais e mais alto.
Tento dizer que seria
melhor que tão carinhosa atenção
Fosse dirigida a outra
mais desgarrada alma que a minha
Tão acorrentada e que tão
pouco presente pode estar
Não desejo magoar,
levianamente, pessoa já muito especial.
Mas o medo de ser aceita
tal sugestão, me fende o peito
como o próprio medo de
deixar a existência não mais vã.
Medo de só ver as fagulhas
à beira mar do interior desta solidão
E ao invés de ondas de
prata apenas um turbilhão de crispas incolores.
Nunca me vi diante de
batalha com quais inimigos tão impiedosos
onde avançar poderá,
talvez, magoar a quem quer se fazer feliz,
mas recuar será ao certo
ser ferido de morte pela última perda possível.
Nunca mais olhos brilhantes,
faces rubras, apenas a imagem natimorta
de um carinho que chegou
tão forte, sem se fazer anunciar
e que, tão lindo, nos suplica
o melhor esforço para fazê-lo vingar.
É preciso alcançar o ponto
onde estes anônimos segredos
se convertam em ações
justas e nos premeie cicatrizando todas feridas
revertendo todas as
derrotas, e por graça, fazendo para sempre a lua brilhar.
tão simples e tão complicado....mas um bom pássaro não pode parar de voar!
ResponderExcluir